Design. Com certeza você já deve ter ouvido falar ou visto essa palavra em alguma notícia. Quem sabe até mesmo se deparado com o seu uso por aí, seguida por outras palavras, também em inglês, tais como Hair Design, Cake Design ou Nail Design.
Essa palavra, que não tem tradução para português, significa numa tradução livre, o ato de conceber ou projetar um artefato. Não apenas restrito a sua forma, mas principalmente a sua função. À medida que esse conceito foi se desenvolvendo, o processo de concepção de algo foi sendo chamado de “Processo de Design”. Em outras palavras, as etapas seguidas para a criação de um produto ou serviço.
Há algumas décadas esse “Processo de Design” extrapolou o universo do Design e Engenharia e evoluiu para outro conceito que, você também já deve ter ouvido falar: Design Thinking. Caso não explicaremos tudo nesse artigo.
Mas, em seu sentido real de aplicabilidade, você sabe o que significa? É simples 😀
Design Thinking é um processo que estimula a inovação, originado nos métodos de Design combinados com ideias advindas das ciências sociais, artes e do mundo dos negócios.
O processo de Design Thinking se originou da Universidade de Stanford, na Califórnia, como uma ferramenta para solucionar problemas de forma criativa através da adoção de times multidisciplinares.
Fique atento, pois durante as próximas semanas explicaremos um pouco mais sobre esse processo, trazendo algumas dessas técnicas e melhores práticas usadas atualmente nas empresas de tecnologia e especializadas do segmento. Esse novo modelo de trabalho vem ajudando e muito gestores e profissionais de projetos a arquitetarem melhor suas ações.
Vamos a um exemplo: um design gráfico cuida da parte visual de uma marca, ou seja, ele irá pensar a partir das raízes e alicerces estéticos daquela empresa um conceito criativo, que será construído, definido e trabalhado em diversos outros segmentos como um padrão, sempre sendo readaptado às mudanças, inovações e desafios de negócios.
Pensar como um designer pode transformar a forma como empresas desenvolvem produtos, serviços, processos e estratégias. O processo para solucionar problemas de forma criativa busca aproximar o que é desejável do ponto de vista do humano, com o que é tecnologicamente possível e economicamente viável.
Pessoas + Negócios + Tecnologia = Inovação em Design
De forma geral, tal processo deve ser fundamentalmente colaborativo, iterativo e incremental.
Ele pode estar divido nas seguintes fases:
Pesquisa: se inspire em novas ideias descobrindo o que as pessoas realmente precisam, descubra uma "dor" que você pode contribuir de maneira positiva.
Geração de Ideias: saia do óbvio e trabalhe com ideias inovadoras através de suas hipóteses e descobertas das necessidades das pessoas.
Prototipação: construa protótipos rápidos, tangibilizando suas ideias e colocando em prática suas aplicações.
Avaliação: valide a sua ideias e aprenda como melhorá-las, aperfeiçoando o conceito final através da inovação.
Design Mindset
Voltando para o exemplo dos designers: diferentemente de outros profissionais, eles sentem-se confortáveis em passar um tempo considerável em seus projetos, desconhecendo as respostas para um problema. Eles costumam ser otimistas, gostam de experimentar e aprender. Buscam por inspiração nos lugares mais inusitados.
Acreditam que a solução está escondida em algum lugar e que mantendo-se focados nas pessoas para quem estão projetando e fazendo as perguntas certas, eles irão chegar lá. Eles imaginam várias ideias que podem funcionar ou não. Gostam de colocar em prática essa ideias logo, pois podem se dar ao luxo de errar cedo e descobrir o melhor caminho para refiná-las.
De forma geral, sua abordagem favorece a criatividade, a uma incessante busca pela inovação e a uma confiança que os guiam a soluções nas quais nunca imaginariam que eles chegariam no inicio do processo.
Entretanto, tais comportamentos não são uma exclusividade apenas desses profissionais. Não se trata de algo codificado em seu DNA, algo que você nasce sabendo fazer, mas que pode e deve ser exercitado para resultados mais interessantes e satisfatórios.
Essas técnicas podem ser aprendidas e exercitadas no seu dia a dia, e aplicadas em qualquer parte do mundo dos negócios e gerenciamento de projetos. Mentes criativas e adaptadas às mudanças pensam além, se previnem de riscos e o mais importante, entregam materiais de qualidade, sempre olhando para frente no mercado.
No Design Thinking, quem apresenta essa mente "efervescente" e sedenta por novidades para o aperfeiçoamento do seu fluxo de trabalho tem um “Design Mindset”, ou seja, porta um conjunto de atitudes de sucesso para qualquer projeto em execução.
✔ Checklist - principais atitudes de um profissional com mindset
Você tem um design mindset?
A execução bem-sucedida do design de um produto ou serviço depende desse conjunto de atitudes, que iremos destacar abaixo. Você porta todos ou alguns deles?
Empatia (foco em valores humanos) - É a capacidade psicológica de andar nos sapatos de outra pessoa, de entender como vivem e sentem as coisas, compreendendo sentimentos, ações e emoções.
Otimismo - É a capacidade de abraçar a possibilidade. O pensamento que mesmo se não soubermos a resposta, ela estará em algum lugar que podemos encontrar.
Iteração - É iterando que as ideias são refinadas e nos colocamos numa posição em que teremos mais ideias, desbloqueando a criatividade.
Confiança Criativa - Qualquer pessoa pode enxergar o mundo como um Designer. Geralmente, o que é preciso para destravar seu potencial para resolver problemas é um pouco de confiança e acreditar em sua intuição.
Making - Design, por mais incrível que possa parecer, é mais sobre fazer do que sobre pensar. É acreditar no poder da transformar ideias em realidade. Algo tangível revela mais que a sua teoria.
Abrace a Incerteza (Embracing Ambiguity) - Embora isso possa parecer contraprodutivo, a ambiguidade de não saber a resposta para um problema, estimula os Designers a inovar.
Aprender com erros - O erro é uma ferramenta incrível para o aprendizado. Projetar experimentos, prototipar e testá-los logo, é o coração do Design Centrado no Ser Humano. Não tenha medo do erro. Falhe cedo para acertar logo.
Colaboração - É trabalhando junto com profissionais de diferentes formações e pontos de vista, que alcançamos as soluções. A diversidade estimula a emergência de excelentes insights.
Design Thinking Vs. Design Focado no Usuário
Quando trabalhamos com inovação e mentes em constantes transformações, buscando resultados gradualmente melhores, conceitos diversos também são criados, se tornando por consequência tendências no mercado. Os processos variam entre algo totalmente novo e algo evoluído, que vem de produções anteriores com aperfeiçoamentos e correção de erros.
Com o tempo, os profissionais da área começaram a sentir necessidades de trabalhar também a metologia focada ao consumidor, a persona ou público-alvo que irá receber aquele produto ou serviço desenhado através do Design Thinking.
A evolução desse conceito levou a questionamentos que chegaram até o chamado Design Centrado no Usuário, que com o tempo evoluiu para Design Centrado no Ser Humano, afinal, a humanização do mindset quebrou sistemas robóticos como usuários de sistemas de informação, em uma evolução natural por necessidade.
Trabalhar com pessoas vai muito além de apenas métodos de aplicação, mas saber ouvir, entender e se adaptar de acordo com problemas e soluções dos clientes finais.
O fato é que em sua essência, Design Thinking e Design Centrado no Usuário (ou Ser Humano) são a mesma coisa. O segundo teve origem a partir do estudos em IHC (Interação Humano-Computador), e inicialmente se propôs a resolver problemas relacionados a Interface com Usuário, enquanto que o primeiro (Design Thinking), desde sua concepção ofereceu ferramentas para solução de problemas em todas as áreas, digamos, a gênesis do conceito.
☞ Design Thinking: Projeto + aplicação metodológica = Produto e Serviço
EVOLUÇÃOxNECESSIDADE
☞ Design Centrado no Usuário: Projeto + aplicação metodológica = Produto e Serviço = Interface do Usuário e Recepção de Público do Produto e Serviço
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